“Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo meu nome”.” Atos 9:15,16
Todo cristão é chamado por Deus, pois ninguém pode vir a Cristo se o Pai não o trouxer (João 6:44). Contudo, na minha caminhada cristã tenho percebido que o verdadeiro chamado de Deus consiste em duas etapas: Um convite à Graça e outro ao sofrimento. O primeiro convite é aceito facilmente, mas o segundo é aceito por poucos.
Explicando melhor, qualquer pessoa que entende a obra da redenção, se vê diante da Graça de Deus manifestada por seu amor na entrega de seu único filho na cruz, rende-se a ela. Quão boa é a notícia de saber que o Deus todo poderoso te ama e te quer bem não é verdade?
Pois é, mas para quem deseja mergulhar nessa Graça e experimentá-la na sua totalidade, conhecendo e andando perto de Cristo, precisa atender ao segundo convite: o sofrimento.
Pastor, porque sofrimento? Porque quem deseja amar a Deus e ao próximo neste mundo sofre, simples assim. Basta ler em I Coríntios 13 onde diz que o “amor é sofredor”.
Cristo disse a Ananias sobre Paulo: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo meu nome.“
Em Atos 5:41, os discípulos jubilaram em alegria após uma tremenda surra pro se encontrarem dignos de “sofrer por Cristo”. Foi Jesus mesmo quem disse: “Se eu que sou Senhor me perseguiram, quanto mais a vocês que são servos”.
O convite ao sofrimento é recusado no meio evangélico. Aliás, é sinal de derrota. Crente tem que ser vitorioso, ter bom emprego, casa própria, saúde e ter tudo de bom que este mundo pode proporcionar.
O resultado é que poucos realmente tem experimentado da Graça de Deus. Só é possível experimentarmos plenamente a Graça de Deus se aceitarmos o convite ao sofrimento.
Os maiores milagres que Israel viveu foi durante o deserto e não na terra prometida. Nuvem de dia, coluna de fogo a noite, água da rocha, pão do céu, mar se abrindo, nenhuma enfermidade entre o povo, sandálias e roupas que não gastavam e tantos outros foram vividos só no deserto.
Ei você que lê esse artigo… Deus está mais presente nos desertos e nos vales. A Glória de Deus brilha mais em nossa vida quando, segundo nós, estamos nos piores momentos. É ali, quando nada temos a fazer que Deus mostra seu poder e somos arrebatados por sua graça.
Quando Estevão estava sendo apedrejado pelos judeus, viu os céus abertos e Cristo assentado à direita de Deus (Atos 7). Eu e você somos convidados a abraçar o sofrimento, assim como fez Cristo.
“Portanto, saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele suportou. Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.” Hebreus 13:13,14
O sinal que um cristão foi reconciliado com Deus em Cristo é quando ele pega sua cruz e apresenta aos perdidos o mesmo caminho de reconciliação que percorreu. É ser sal da terra e luz neste mundo em trevas. É ser diferente, é amar, é falar a verdade, é compartilhar com quem não tem, é chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram.
Para parecermos com Cristo em sua Glória é preciso parecermos com Ele em seus sofrimentos. Não tem um caminho “mais fácil”. Vem quem quer! É apenas um convite que Deus faz, lembra?
Quando Paulo teve um encontro com a Graça de Deus no caminho para a cidade de Damasco e tudo mudou na vida dele. Paulo teve revelações indizíveis aos homens (II Coríntios 12:2-4), mas a partir daquele dia seu chamado foi sofrer pelo nome de Jesus.
Paz!
Pr. Luciano Thomé
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