Medo de Ser Livre

Medo de Ser Livre

“E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”…”Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.” João 8:32 e 36

Um dos melhores filmes que já vi chama-se “Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption)”. O filme conta a história de um banqueiro que foi preso injustamente pela morte da sua esposa que o traia. Não quero falar do personagem principal, mas de algo interessante que acontece no filme para dar base ao artigo.

Em momentos distintos no filme, semelhantemente, dois homens presos há muitos anos, são colocados em liberdade condicional. O interessante é que eles estranham a liberdade e, mesmo livres, continuam a comportar-se como se estivessem presos. Tem uma cena em que um deles está trabalhando como empacotador no mercado da cidade é repreendido pelo gerente por pedir para ir ao banheiro toda vez que sente vontade. O hábito adquirido nos tempos de prisão ainda dominava sua mente.

E o que isso tem a ver com a igreja? Vamos lá…

Nossa Realidade

Ao longo do tempo, as tradições eclesiásticas e leis humanas, colocaram uma espécie de cabresto no povo, limitando as pessoas em coisas que podem ou não, segundo o entendimento da liderança que seguem e sem nenhum respaldo bíblico.

Penso que, em algum momento da história da igreja, as instituições eclesiásticas decidiram que homens e mulheres eram simplesmente incapazes de serem livres; dessa forma atribuiu a si mesma a função de “proteger” as almas confiadas a elas, estabelecendo regras sobre o que é permitido ou não ao seu povo. Resumindo, pessoas comuns não seriam capazes de suportar o fardo da liberdade, pelo que é melhor retirar a liberdade, para o seu próprio bem.

Fato é que grande parte dos crentes não conseguem adaptar-se à liberdade que Cristo conquistou na cruz. Aliás, existe um certo medo dessa liberdade.

Com isso, libertas da ansiedade e do tormento da decisão pessoal e da responsabilidade, cada um podia sentir-se mais seguro e feliz na obediência à “autoridade”.

É isso mesmo que você está lendo! Os crentes não querem ter a responsabilidade de buscar o Senhor e, na comunhão com Ele, decidir sobre sua vida baseado na vontade Dele. É mais fácil seguir o que o pastor fala, pois pensam sair delas a responsabilidade do erro. Afinal, estão obedecendo o pastor.

Estou escrevendo esse artigo porque já vivenciei isso muitas vezes. Conheço muito crente que é ciente do erro, mas faz porque o pastor mandou e prefere obedecer ao homem do que a Deus. Estão enganados se pensam que serão isentos das suas responsabilidades como cristãos porque estão obedecendo a cegamente a seus líderes.

Como no filme que relatei no início, o povo evangélico acostumou-se a estar preso na escravidão espiritual impostas pelas instituições eclesiásticas (o que chamamos de igreja) que congregam. Ao depararem com a liberdade verdadeira dada por Cristo em sua morte, não conseguem ser fiéis a Deus.

Experiência Pessoal

Em nosso tempo de ignorância, como na maioria das igrejas, pregávamos sobre dízimos e ofertas como uma obrigação e obediência a lei de Deus, com pena de maldição e os tais devoradores lá de Malaquias 3. Quando entendemos, da parte do Senhor, que o amor é a base para tudo o que é feito na nova aliança, nos alegramos muito porque aquilo que já era prazeroso para nós enquanto “obrigados”, passou a ser muito melhor quando só precisava refletir nosso amor a Deus.

Depois dessa experiência, passamos a ensinar as ovelhas a forma correta de ofertar que é, tão somente, pelo amor. Sabe qual foi o resultado? A arrecadação nos cultos caiu mais que a metade. Inacreditável não é?

Infelizmente o medo do devorador gerava mais fidelidade dos crentes do que o amor que eles tinham a Deus. Na verdade, para mim, o que ficou evidente é que a maioria não ama Deus e sua obra. Estão ali por medo do inferno ou por interesse em bençãos.

Triste Realidade

Depender do amor em tempos que ele só se esfria é complicado e por isso pastores sérios, que também são pais de família e precisam sustentá-las, acabam por temer pregar essa verdade. Por outro lado, os “pastores” lobos sabem disso e usam, com toda força, o medo contra o povo para enriquecer suas vidas e seus falsos ministérios. O resultado é que a voz da verdade vai ficando cada vez mais abafada.

Poderia contar outras situações, mas vou deixar que você reflita a respeito.

Firmes até o fim

Quanto a nós, mesmo com nosso ministério passando por todas as dificuldades financeiras, não nos renderemos às ofertas de fama, dinheiro e poder que o diabo oferece todos os dias, porque sabemos em quem temos crido. Podemos ser um ministério pequeno aqui nesta terra, mas certamente somos grande nas regiões celestiais, porque temos tido compromisso com a verdade do Evangelho.

Para nós o que importa é Cristo ser glorificado.

Paz!

Pr. Luciano Thomé

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5 Comentários. Deixe novo

  • Muito bem…

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  • Sou dirigente de uma congregação;Não uso malaquias para falar de dízimo e ofertas.
    O livro de hebreus é bem claro sobre este assunto.
    Temos pensamentos parecidos sobre o evangelho.

    Responder
  • hoje sou muito feliz por conhecer esta verdade, passei um tempo com muita dificuldade financeira e dizimava obrigada até que parei de dizimar e ofertar. Hoje tenho um pastor que prega a oferta por amor, comecei ofertando pouco conforme eu podia e não pesava no meu coraçao e Deus foi abrindo portas que ja estavam fechadas ha oito anos, estou muito feliz e glorifico o nome o Senhor.

    Responder
    • Pois é Marisa, tudo que não é feito por amor não tem sustentação em si mesmo. Fico feliz quando leio testemunhos como o seu. Deus libertou o homem do pecado, mas também tem libertado cristãos das garras desses lobos vestidos de pastores.

      Paz!

      Pr. Luciano Thomé

      Responder
  • Alessandro Velez
    15 de setembro de 2017 01:48

    Compartilho do mesmo pensamento. Vivia atormentado e não entendia que os problemas financeiros estavam diretamente ligado a uma falta de planejamento e não de uma maldição por não ser dízimista.
    Hoje estou mais feliz em poder ofertar por amor.

    Responder

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