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Celular Monitorado é Novidade?

A realidade da invasão de privacidade apocalíptica.

Sei muito bem sobre o que estou prestes a escrever, pois além de pastor e formado em teologia, também tenho formações nas áreas de tecnologia e marketing digital. Inclusive, a carreira bem sucedida e a empresa, que abandonei, para atender o chamado do Senhor e me dedicar cem por cento ao ministério e a lançar livros cristãos (ficção e temáticos), eram nessas áreas.

A recente divulgação de que governos estaduais, sobretudo o de São Paulo, estão utilizando dados das operadoras de celular para monitorar o percentual de pessoas que estão em casa, respeitando a quarentena, bem como para identificar e realizar operações em locais com possíveis aglomerações, deixou muita gente preocupada e de antena ligada. Afinal, embora digam que só acessam dados estatísticos de localização de aparelhos, pelo posicionamento das antenas, que garantia temos de que é só isso? Como pastor e cidadão, tenho essa desconfiança. Contudo, como profissional de tecnologia, afirmo: não só não há tal garantia, como é fato que já estamos sendo monitorados, há muito tempo, pelos celulares e por outros meios, dos quais falarei neste texto.

O cenário bíblico de um governo mundial tirano, que controla as pessoas, a ponto de saber se elas adoram ou não a besta e de impedir quem não o faz de comprar e vender, não só já é possível, mas ficou muito fácil de ocorrer. Há mais de vinte anos, prego sobre a volta de Jesus e digo acreditar que a marca da besta, caso seja também física, seria algo tecnológico (digo física, pois a principal marca é no coração de quem rejeita Deus e abraça o anticristo), e que o microchip seria tal provável ferramenta. Contudo, vendo o cenário atual, o chip já não seria nem tão necessário para controlar, não só quem pode comprar ou vender, como até quem pode andar nas ruas.

A tecnologia de reconhecimento facial já é realidade há algum tempo. Para desbloquear meu celular, por exemplo, não preciso digitar um código e nem colocar minha digital (o que foi revolucionário quando lançado). Só tenho que olhar para ele. Isso mesmo, olhar. Ele reconheceu meus traços faciais e só de filmar a pessoa que está tentando usá-lo, já sabe se sou eu, o dono, ou não. Digo isso para começar com um exemplo corriqueiro, do dia dia de aparelhos já com preços populares. Mas o buraco é bem mais em baixo.

Polícias já usam o reconhecimento facial para identificar foragidos da justiça nas ruas e prendê-los, quando flagrados por câmeras de segurança. Procure na Google e você verá vários casos de prisões feitas dessa forma, inclusive aqui no Brasil. Transportes públicos, como ônibus e metrôs, também já liberam a passagem e/ou realizam segmentação publicitária dessa forma. Só “de olhar” para o passageiro, o sistema já sabe quem ele é e se tem crédito para pagar a passagem. Sabe, também, se é estudante, idoso, portador de deficiência, ou algum outro caso de passe livre. Achou demais? Pois eu lhe digo que ainda é pouco!

A linha 4 do metrô de São Paulo, por exemplo, tem, desde 2018, um sistema que não só reconhece a face das pessoas, mas também monitora suas reações. É isso mesmo que você entendeu. Não estou louco ou delirando, ao confundir ficção científica com realidade. Ao fim do artigo, vou deixar um link para você conferir por si mesmo. A intenção é marketing. Como assim? Um painel está mostrando a propaganda de uma empresa para você, então, a câmera te identifica e entende se a reação do seu rosto foi de quem se interessou pelo que viu. Se foi, a informação fica registrada e você será “perseguido” por anúncios daquele produto ou serviço, por todos os lados, em sites, redes sociais, no Google, etc. Outro exemplo: Na semana passada, você pegou o metrô e o sistema identificou sua reação positiva a um anúncio de determinada pasta de dente. Então, hoje, quando você voltar a usar o metrô e entrar no vagão, assim que a câmera te reconhecer, será mostrado aquele mesmo anúncio do lado de dentro. Isso se chama segmentação e é usado há décadas em marketing. Entretanto, agora, as ferramentas são assustadoramente precisas e invasivas, permitindo uma hiper segmentação impressionante. Mas acha que é só isso?

Experimente conversar sobre algum assunto perto do seu celular com sistema Android, da Google, e perceba que, “milagrosamente”, anúncios relacionados ao que você falou, começarão a ser mostrados a você. E não precisa estar com o aparelho ligado e nem desbloqueado. Fale de geladeiras e verá propagandas nas suas redes sociais, de lojas vendendo geladeiras. O que significa? O sistema está ouvindo você. E mais, está entendendo o que você fala. Ora, se o microfone pode fazer isso sem que você saiba, o que impediria do mesmo acontecer com a câmera? Na minha opinião, ninguém admitirá tão cedo, mas isso já acontece também com a câmera, há algum tempo. Se as imagens e áudios são gravados ou não, já envolve complexa estrutura tecnológica, que não tratarei aqui. Contudo, basta sabermos que é possível que seja tudo registrado. Portanto, se agora ainda não é, quando o governo da besta vier, certamente será.

Você paga para usar o Facebook? O Google? O YouTube? O Twitter? O Instagram? O WhatsApp? Os aplicativos da moda, como agora o Tik Tok? Como essas empresas são milionárias, se você não paga? Elas vendem suas informações segmentadas a anunciantes, que mostram suas propagandas a pessoas com maior probabilidade de comprá-los. Simples assim. Por dinheiro, a estrutura está montada. Todavia, como estamos vendo no cenário de agora, será muito fácil para governos requisitarem tais tecnologias para o “bem geral”, e, com isso, controlar a população.

Para não me alongar muito, volto a pergunta inicial, respondendo-a. Não! Não é novidade que estejam usando celulares para monitorar as pessoas. E não! Não acredito que não individualizem esse monitoramento (talvez não as operadoras, mas os fabricantes dos sistemas operacionais, certamente).

Seja pelo celular ou só mostrando nosso rosto, ao sair de casa (ou não, pois mesmo sem ir a rua, temos em casa nossas smart tvs, notebooks e telefones esquipados com câmeras), cada vez mais se sabe quem nós somos, onde fomos, onde estamos e provavelmente para onde iremos ou queremos ir. O que compramos, do que gostamos, o que falamos e com quem falamos, etc.

Todas as engrenagens estão prontas. Os sinais estão por todos os lados. Os globalistas trabalham por um governo mundial e nem escondem mais isso. O satanismo está por trás das forças econômicas, políticas e militares mais poderosas do mundo (sabendo disso todos os governantes e empresários ou não). Está tudo preparado. Mas, e você, está preparado ou isso te assusta?

Cristo nos disse que quando os sinais que Ele deu começassem a acontecer, deveríamos exultar e olhar para o alto, pois nossa redenção estaria próxima. É bom que olhemos a volta e discernamos os tempos, mas nossa parte é não temer e continuar a pregar o Evangelho a tempo e fora de tempo, vivendo cada dia para o Senhor como se fosse o último, e glorificando-O a cada segundo das nossas vidas.

Minha oração é que a pregação do Evangelho verdadeiro não saia de nossos lábios e que a ardente expectativa da volta do Senhor arda em nossos corações.

NEle, que não precisa de tecnologia para conhecer tudo e todos, inclusive o interior dos corações,

Pr. Raphael Melo

Já conhece meus livros??? bit.ly/2olLWqA

Link sobre o metrô: https://canaltech.com.br/…/linha-4-do-metro-de-sp-tera-por…/

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