A Vergonha do Pecado – Parte Final

Se você não leu a primeira parte desta história, por favor, clique aqui para lê-la antes de ler esta segunda parte!

A primeira carta aos Coríntios no capítulo 10, fala do acontecido ao povo de Israel no deserto e como eles foram reprovados. No versículo 11 diz que eles são um exemplo para que não caiamos como eles caíram.

Deus sempre vai provar os seus para saber o que existe de fato no mais profundo do coração.

“Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não. Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor.” Deuteronômio 8:2,3

O cristão amadurecido, com condições de levar a mensagem de Jesus aos perdidos e a colocar no caminho os novos na fé, começa a ser requisitado por pessoas a sua volta para tirar dúvidas e pedir conselhos. O fato estar ensinando às pessoas pelo conhecimento das escrituras, afinal já leu a bíblia várias vezes, pode levar a sensação que já se sabe tudo. O relaxamento na busca a Deus pode ser imediato e começa o declínio.

Apoiar-se no próprio conhecimento e não precisar mais tanto ir a Deus como antes, vai gerando um brecha para a tentação de satanás e aí prepara-se o terreno para o pecado. O cristão que pensava estar amadurecido e que nunca mais cometeria pecados simples, sem perceber, começa pelo mais simples, porém mais importante, que é deixar buscar o criador com todas as suas forças.

Uma outra situação é quando o cristão acha que porque ele obedece a Deus anos a fio, passa a crer que tem uma auto imunidade ao pecado e com isso pode tocar nele sem sofrer dano algum. Esse é um dos maiores enganos do cristão! Jesus mesmo disse que o Espírito pode estar pronto, mas a carne sempre será fraca e no mínimo descuido cederá ao pecado.

A bíblia nos exorta a fugir da aparência do mal. Contudo, o cristão seguro de si, vai conscientemente e deliberadamente tocar no pecado achando que uma vida regressa de santidade vai compensar aquele erro premeditado. O resultado é desastroso e a punição é o que eu chamo nesse artigo de “vergonha do pecado“.

Como diz provérbios 6:27-28: “Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?”

Nada é tão dolorido para o cristão que é referência para as pessoas do que a vergonha delas saberem o pecado que ele cometeu. O cristão amadurecido que ama a Deus e desliza em sua caminhada, tem em sua correção a própria vergonha do pecado. Repito, nada será pior do que a vergonha do erro diante de Deus e da igreja.

Por isso, que você irmão em Cristo, deve entender que nessa hora não precisará apontar o dedo e criticar porque o arrependimento e vergonha já serão suficientes para sua alma dolorida.

Pior do que o erro é não haver perdão. Mostra a fragilidade e falta de maturidade da igreja. Uma das coisas mais tristes é constatar que a igreja é tão receptiva e capaz de perdoar um assassino que chega arrependido na congregação, mas é tão intolerante ao irmão que por fraqueza, falta de maturidade ou mesmo excesso de confiança em si mesmo, comete um pecado. Este é penalizado com todos os requintes de crueldade espiritual. Não enxergam que a vergonha de confessar ou de ter sido pego em pecado já basta como punição. Quando “perdoam”, ficam falando da pessoa pelos cantos e a tratam como se nunca mais pudesse regenerar-se totalmente, pois sempre estão levantando histórias sobre a pessoa.

A igreja em dias atuais precisa aprender a perdoar os que já são irmãos ou vamos ver muitas situações que o Pr. Raphael Melo conta em seu artigo “Perdão Maligno”. A história é de ficção, mas bem podia ser real. O artigo baseia-se na ação direta da falta de um amor verdadeiro, por parte da igreja, para com os fracos.

Portanto, que a vergonha do pecado seja o suficiente para aqueles que pecam conscientemente e que nós sejamos instrumentos de Deus prontos a perdoar e a recolocar essas pessoas de volta ao Evangelho.

Lembre-se … quando alguém peca, ainda que seja contra você, o maior prejudicado é ele mesmo. Quando ele peca, o faz na presença de Deus.

Paz!

Pr. Luciano Thomé

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