“pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” Romanos 3:23
A bíblia é clara em apontar a depravação humana perante um Deus santo. Depravação na alma (Romanos 2:9 e I Coríntios 2:14), mente (II Coríntios 4:4), consciência (I Timóteo 4:2), carne (Gálatas 5:19-21), no espírito (I Coríntios 2:11), coração (Romanos 1:21-24) e corpo (I Coríntios 6:19).
Diante de toda essa podridão é necessário regeneração, ou seja, gerar de novo, pelo Espírito. Como disse Jesus: “nascer de novo”. Por isso, ensinar corretamente sobre a situação de alto risco que todo homem em pecado se encontra é imprescindível.
O papel do Espírito Santo é convencer a humanidade do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8-11). Dessa forma, a pregação precisa enfatizar a situação do pecador diante de um Deus santo e justo que, para manter-se justo, precisa condenar pecadores, lançando-os no inferno que é a segunda morte. A mensagem do Evangelho precisa confrontar a mornidão do cristão ou o pecador que ouve.
Gosto de contar uma alegoria para dar ideia do que estou falando. É assim … Imagina que você vá pegar um voo RJ-SP em classe econômica. Normalmente, esse voo leva uns 50 min entre decolagem e pouso. Imagine também que ao entrar no avião, a aeromoça lhe dê um paraquedas e diga que você precisa colocá-lo e permanecer com ele ao longo de todo o voo. Daí, você pode pensar… “a poltrona já é apertada para caramba e esse paraquedas é um trambolho que só vai me causar desconforto. Para que tenho que usar isso?”.
Realmente, é algo sem lógica não é verdade? Mas imagina que você tem informação que o avião terá uma pane geral e vai cair. Somente conseguirão salvar-se quem tiver um paraquedas para pular do avião.
Agora eu tenho certeza que você, mesmo desconfortável, vai segurar seu paraquedas com firmeza não é verdade? Pois é… Jesus Cristo é o paraquedas.
Essa alegoria mostra que você só dará valor ao paraquedas se souber que o avião vai cair. Da mesma forma, o pecador só dará valor ao sacrifício de Jesus quando perceber a enrascada que ele se encontra.
Um pastor que não prega o Evangelho dando ênfase a quanto Deus abomina o pecado e que vai condenar o pecador que não for justificado por Cristo, negligencia o próprio Evangelho.
Dessa forma, abrir mão da regeneração feita pelo agir de Deus no coração por uma simples decisão pessoal em “aceitar Jesus”. Não existe respaldo bíblico no chamado para “aceitar Jesus”. O pecador é quem deve clamar para ser aceito. Esse evangelismo que pede para o pecador dar uma “chance para Jesus” como se Deus suplicasse para ser aceito não é bíblico.
Quero deixar claro que a decisão pessoal (livre-arbítrio) existe, mas passa pela regeneração, pois é necessário que pelo poder do Espírito Santo, a luz do Evangelho brilhe na vida do pecador e, uma vez liberto, decida seguir Cristo.
A decisão baseada só no oportunismo de ter um Deus que abençoa e dá vitória tem gerado falsas conversões, resultando numa “igreja” fraca e que não conhece o Deus que diz servir.
Portanto, se você como eu é um cristão verdadeiro, não deixe de pregar o Evangelho porque ele só terá eficácia na vida do pecador quando pregado na sua totalidade.
Paz!
Pr. Luciano Thomé
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2 Comentários. Deixe novo
Muito bom o artigo , embora não concorde com o livre arbítrio , creio como o apóstolo Paulo escreve pra igreja de Éfeso 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus;
9. não vem das obras, para que ninguém se glorie.
(Efésios, 2) , portanto a salvação não foi uma escolha minha e sim uma determinação de Deus. Com amor graça e paz
Olá Marcelo. Tudo bem?
Mesmo que você não concorde, a livre escolha (livre arbítrio) é uma doutrina bíblica.