“Descobri que todo trabalho e toda realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Mas isso também é absurdo, é correr atrás do vento.” Eclesiastes 4:4
Cresci no Rio de Janeiro na década de 80 e 90 e lembro bem das brincadeiras na rua, as refeições em família e não sentia falta alguma de telefone, carro, celular, internet, TV a cabo e ar-condicionado. Em dias atuais, essas e outras coisas tornaram-se essenciais para a rotina diária de uma família.
Com o aumento da violência tornou-se necessário um telefone para avisar quando se sai ou chega. É o carro que proporciona rapidez nos deslocamento diante de tantos afazeres do dia. A internet tornou-se a maior fonte de pesquisa e comunicação mundial. A falta de atenção dos pais aos filhos faz da TV a grande fonte de entretenimento dos filhos e para enfrentar o tal do aquecimento global, só mesmo um bom ar condicionado. Poderíamos aqui falar de tantas outras coisas antes desnecessárias e que nesses dias tornaram-se fundamentais para uma “vida feliz”.
Pois é, o homem virou escravo do conforto. Levantar cedo, trabalhar igual louco e dormir tarde é a rotina da grande maioria das pessoas. Afinal, precisamos do celular com recursos novos, trocar de carro todo ano, pagar a prestação do apartamento no condomínio de luxo, viajar de férias 2x por ano, pagar a casa de festa para o aniversário do filho, dar a ele os melhores jogos, vestir as últimas novidades da moda e toda a “felicidade” que uma vida cheia de bens materiais pode nos gerar.
Afirmamos categoricamente que o dinheiro não traz felicidade, mas a verdade é que no coração acreditamos que traz sim e esse é o motivo pela rotina louca que levamos para crescer e ganhar mais e mais dinheiro. Como diz o texto, tudo isso é gerado pela competição que existe entre as pessoas que exibem orgulhosas suas conquistas e bens.
Qual o grande desastre disso? Perdemos a dádiva de contemplar!
Quanto tempo?
Quanto tempo você não contempla uma estrela o céu?
Quanto tempo você, em silêncio, não contempla algo da criação?
Quanto tempo você não esvazia sua mente das coisas do dia a dia para somente ouvir a voz de Deus?
Quando recordo minha infância, lembro das pessoas com quem convivi e percebo o quanto elas eram felizes mesmo com as dificuldades da época. O conforto é muito bom e seria hipocrisia dizer que não gostamos dele, mas gastar todo o curto tempo de vida que temos em busca disso é desprezar a própria vida. E quanto aos filhos, há coisas mais importante a deixar para eles do que bens materiais.
Pense nisso!
Paz!
Pr. Luciano Thomé
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