O Presente da Serpente

O Presente da Serpente

Ao refletirmos sobre a maior calamidade da humanidade, o pecado, é impossível não pousarmos os olhos, com alguma atenção, naquele que primeiro atraiu tal maldição sobre si. O ser celestial que almejou ser igual a Deus, rebelando-se contra Sua soberania e autoridade. Nas Escrituras, ele é referido como antigo Lúcifer (filho da alva ou da luz), e em sua situação pós queda principalmente como Satanás (adversário ou inimigo) e Diabo (divisor). Também é conhecido como Dragão e Serpente, dentre outras denominações, menos comuns, mas não menos malignas. E é com relação a Satanás como a Serpente que desejo começar a reflexão deste artigo. Aqui desejo demonstrar que nossos piores problemas com o pecado ainda têm a raiz na mesma essência de sedução utilizada por este ser de trevas no Éden, quando Eva, ao ser tentada, cedeu, sendo logo seguida por Adão, seu marido.

O pecado é rebeldia contra o Criador. É dizer a Ele que não queremos nos submeter diante da Sua vontade e soberania. Ao desobedecer ao Eterno, Adão trouxe sobre si e toda sua descendência (todas as pessoas) as consequências terríveis e mortais das mortes física e espiritual, além de todo caos crescente que domina a terra, desde então. Todos pecamos. Todos estamos destituídos da glória de Deus e só os que confiam no sacrifício de Cristo para salvação escapam da escravidão do pecado; seja nesta vida (embora ainda permaneçam pecadores, até que estejam na eternidade com Cristo), e da condenação eterna, na vindoura. Os dias são terríveis e parece que estamos caminhando a passos largos para os últimos instantes da humanidade, portanto, é indispensável que se pregue o verdadeiro Evangelho da Graça de Deus, a tempo e fora de tempo.

Contudo, ainda estamos aqui nesta terra. Cristãos ou não, nós, os vivos, estamos aqui. Os que já foram alcançados pela Graça de Cristo e os que não foram, e todos precisam continuar lidando com o pecado. Os primeiros, não mais como seus escravos, os segundos, contudo, sem chance de vencer. Portanto, quero me dirigir aqui principalmente aos cristãos, que sabem (ou deveriam saber) o que é lutar com todas as forças contra o pecado que ainda habita em seus corações, todos os dias, na força do Senhor. E se você ainda não confia em Cristo para salvação, mais urgente que continuar a ler este texto é render-se a Deus imediatamente. Aqui mesmo em nosso site ou rede social (depende de onde você está lendo), no campo de busca, digite as palavras: evangelho, salvação, graça, ira de Deus, justificação ou conversão; e leia (ou assista a) tudo que encontrar sobre o assunto, então, se o Espírito Santo trabalhar em seu coração, você será salvo. Aí sim, volte para terminar o restante deste artigo.

Voltando ao que deixei no fim do primeiro parágrafo e referindo-me ao título, conversemos sobre o “presente” que a Serpente deu ao ser humano. O que quero dizer com isso? Bom, a queda desse ser, hoje conhecido como príncipe das trevas, tem muito em comum com a queda do homem, bem como com os problemas que temos com o pecado até hoje. Infelizmente, Adão e Eva aceitaram tal presente nocivo e, consequentemente, a humanidade continua fazendo o mesmo, desde então.

O ego que coloca o indivíduo em primeiro lugar, como o centro de tudo, vai totalmente de encontro ao querer ser como Deus. Esse foi o cerne da rebelião celestial de Lúcifer e seus anjos seguidores. De igual forma, foi o argumento usado por ele, personificado na serpente, junto a Eva. Ele disse que se comessem do fruto que Deus proibira, seriam como Ele, conhecedores do bem e do mal. Aí está. O desejo de ser como Deus aparece novamente. Desde esse momento, o pecado, seja vindo de uma tentação externa, ou do próprio coração corrompido do ser humano, passa pelo ego, alimentando, assim, o egoísmo, e traz o centro do universo para a própria vontade, sem interessar a quem se está ofendendo, ainda que seja a pessoas amadas, ou infinitamente pior, ao Deus todo poderoso, Criador de todas as coisas. Portanto, de alguma forma, Satanás ensinou a raiz da concepção do pecado ao ser humano, que aprendeu muito bem, torando-se tão caído e mau quanto seu maligno professor.

Os corações de homens e mulheres, se não preenchidos pelo Espírito de Deus, querem ser senhores de si mesmos, como se pudessem criar um caminho para a felicidade longe do Senhor. E a história perversa da humanidade, até os dias de hoje, evidencia que isso nunca deu e jamais dará certo.

A razão para tal fracasso é que, do mesmo jeito que uma lâmpada não pode funcionar sem eletricidade, o ser humano não pode ser feliz sem Deus. O Altíssimo é absolutamente necessário. Não há nada e ninguém que possa tomar Seu lugar no coração do homem. Por isso, é totalmente contraditório que alguém queira ser feliz (até pedindo a Deus tal felicidade), enquanto não dá a mínima para Jesus e seu plano de salvação, consumado na sua morte e ressurreição. Como querer paz e felicidade fora de Deus, se em tal lugar obscuro elas simplesmente não existem? O triste é que muitos que professam a fé cristã fazem isso todos os dias, se não com sua boca, com certeza com suas atitudes, escolhendo coisas humanas e passageiras, em detrimento de agradar e conhecer o Senhor.

O pecado é muito mais tenebroso que todos os demônios juntos. Junte-o ao coração do homem, que é enganoso, e terá a fórmula perfeita para a perdição. Se não lutarmos contra ele, com todas as forças, no poder da Palavra de Deus, em oração, no operar do Espírito Santo, sempre seremos levados a confiar nos nossos próprios desejos caídos, buscando satisfazer vontades e prazeres próprios, com objetivo de alcançar satisfação e, ao fim, felicidade. Contudo, fora de Cristo, nada pode ser achado senão morte e destruição.

Não aceite o presente maligno e pernicioso da serpente. Não acredite nela e nem em seu próprio coração caído. Vá constante e diligentemente às Escrituras, que pelo Espírito Santo, tornam-se a Palavra viva revela de Deus a você, que é o próprio Jesus Cristo. Só dEle pode vir satisfação e felicidade plenas, que não passam quando acaba o prazer humano (como é com o pecado), mas duram por toda eternidade.

Com amor. Em Cristo,

Pr. Raphael Melo

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