Tempos esquisitos entre os cristãos no Brasil.
Me parece óbvio afirmar que o Evangelho está acima de tudo. Afinal, Jesus é o Evangelho e não vivemos mais para nós mesmos e nossas vontades, mas por por Ele e para Ele, que se entregou por nós. Contudo, na prática, não tem sido tão óbvio assim que o Evangelho conduza e paute nossas vidas. Quer dizer, da boca para fora, sim, mas nas atitudes, não.
Há, agora, outra coisa, que não a Mensagem das Escrituras, assumindo o protagonismo nas ações e, principalmente, nas reações daqueles que se chamam pelo Nome do Senhor. E o mais estarrecedor é que a maioria parece não enxergar isso.
Quem ou o que é esse usurpador?
São ideologias políticas. E não vou entrar no mérito de serem boas ou ruins. Muito menos vou expor aqui minha opinião. Pois não importa o que digam tais ideologias, com seus méritos e defeitos morais, o Evangelho sempre estará acima delas. Ou seja, as Escrituras jamais podem ser interpretadas, regidas ou usadas sob a ótica das mesmas ou de qualquer conjunto de ideias ou pessoas.
Na prática, eis o que quero dizer. Me corrija, se eu estiver errado. Mas o que enxergo é isso: em nosso país, atualmente, se você se baseia nas Escrituras para pregar o amor ao próximo, por exemplo, é chamado, quase de imediato, por outros cristãos, de comunista, esquerdista, lulista, petista, etc. E se a mensagem for de combate ao pecado e alusão à santidade, em outro exemplo, logo vêm cristãos lhe chamarem de nazista, fascista, direitista, bolsonarista, armamentista, etc.
Quando foi que Deus passou a submeter sua Palavra às nossas convicções políticas e ideológicas? Você pode ter as suas, como eu tenho as minhas, mas o Evangelho é o Evangelho e não interessa se Ele vai agradar ou não um lado ou outro, pois Ele deve ser pregado como é, em sua totalidade, sem medo de que se a ênfase for dada em um assunto ou outro, logo venham os crentes patrulheiros políticos promoverem seus ataques ferozes, que nada têm a ver com o Cristo que dizem seguir.
Não nos esqueçamos que céu e terra passarão, mas as Palavras de Jesus não hão de passar. Qualquer ideologia passará. Você pode ter convicções de uma ou outra. Eu tenho. Podemos até ter uma boa conversa, educada, sobre o assunto. Mas, ainda assim, fica o fato de que elas (as ideologias) passarão. E o que faremos? continuaremos tentando submeter o que é eterno (a Palavra de Deus) ao que é passageiro?
O cristão não é de direita, de esquerda ou de centro. Ele é de Cristo e do Evangelho. Pode até ter suas convicções ideológicas (se são compatíveis com as Escrituras ou não, é outro assunto), mas jamais pode pertencer a elas, tendo suas ações e reações pautadas pelo que ensinam. Só podemos pertencer a um Senhor, Cristo Jesus. Se somos do Evangelho, o que quer que Ele diga, pregaremos e viveremos, sem nos preocupar se tal coisa se encaixará ou não em nossas ideologias políticas. E muito menos, acusaremos outros irmãos, quando pregarem conforme as Escrituras, só pelo fato do assunto contrariar nossas opiniões partidárias.
Por fim, reflita: se qualquer coisa incendeia seu coração e suas ações mais do que o Evangelho, algo está errado.
Pense nisso.
Com amor, em Cristo, o único a Quem pertenço,
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