“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. … E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” João 4:28-30; 39-42
Neste artigo que te convidar a refletir sobre “falar de Jesus”, “Testemunhar o Evangelho” e “ensinar o Evangelho”.
Antes de falar da diferença, quero esclarecer algo muito importante sobre evangelizar. A Bíblia diz que o Evangelho é a boa notícia (boas novas), a vinda do Messias, ou seja, Jesus. Porém, nem sempre quando falamos de Jesus, estamos pregando o Evangelho. Parece estranho, mas é verdade.
O Evangelho, resumidamente, é falar da condição humana diante de um Deus santo que vai julgar o homem segundo seu alto padrão de santidade e que é impossível esse homem salvar-se por suas próprias obras, porque elas são más. Contudo, o amor de Deus pelo homem é tamanho que Ele resolveu justificar o homem de seu pecado através da morte do seu único filho. Dessa forma, a única maneira do homem escapar da condenação eterna é crer, pela fé, que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo e a ressurreição de Jesus significa que o sacrifício na cruz foi aceito. Então, todo aquele que crê nisso e vive conforme a vontade de Deus, buscando a santidade todos os dias, será ressuscitado por Deus para uma vida eterna com Cristo.
Baseado nisso, se uma “pregação”, por mais bonita e envolvente que seja, não levar o ser humano a entender e confrontar-se com a sua condição de pecado, não está pregando o Evangelho. O Evangelho é o motivo pelo qual Jesus veio a este mundo, como homem, e o que Ele realizou na cruz. O Evangelho é Jesus porque Ele é a boa notícia.
Muito cuidado! Você pode estar ouvindo falar de Jesus e não do Evangelho. E pior, estar aprendendo e talvez ensinando outros da forma errada. Eu mesmo, no início da minha caminhada, fui ensinado que evangelizar era falar de Jesus. Hoje, amadurecido, entendo que posso falar por duas horas de Jesus e não falar nada do Evangelho. É possível discorrer sobre os milagres, características, atributos, a forma de falar de Cristo e não falar do Evangelho.
Uma pregação que não fala de arrependimento, abandono de pecado, busca pela santidade, renúncia, vida com Deus e para Deus, não está falando do Evangelho. A Palavra de Deus precisa confrontar o homem para que haja mudança de dentro para fora operada pelo Espírito Santo no coração.
Então, definitivamente, falar de Jesus não necessariamente é falar do Evangelho.
Quanto a pregar o Evangelho, existem duas formas: Testemunhar e ensinar.
O testemunho do Evangelho está relacionado a mudança pessoal e atitudes advindas dessa mudança. Lembra a ordem de Jesus ao endemoniado gadareno? “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você”. Esse homem acabara de ter sua vida transformada e com seu testemunho converteu toda decápolis (10 cidades).
Qualquer pessoa é uma potencial pregadora do Evangelho. Ainda que não saiba explicar teologicamente, ela pode falar sobre sua experiência de vida com Deus e o resultado positivo dessa relação com o altíssimo. Fora isso, tem os frutos que se manifestarão através de um coração transformado pelo evangelho. Esses frutos manifestam Jesus agindo na vida do cristão. Como diz Efésios 4:28 – “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade.”.
Quanto ao ensinar, está relacionado com a ordem de Jesus para fazermos discípulos. Aqui já envolve um papel mais de liderança, onde através da dedicação ao estudo da Palavra e oração, Deus capacita o homem a ensinar o Evangelho na profundidade dos seus fundamentos. Em todo caso, da mesma forma, vai gerar frutos na vida daqueles que ouvem.
De todos os apóstolos, Paulo foi quem deixou o maior legado doutrinário para a igreja. Suas cartas são base para condução e tratamento desse corpo formado por pessoas. Quando olhamos para a vida de Paulo, vemos um homem altamente instruído nas escrituras, que se preparou por 14 anos para ensinar e testemunhar do Evangelho em suas viagens missionárias.
Infelizmente, o Evangelho tem passado longe de muitas igrejas com suas “pregações” centradas no homem e nos milagres de Deus. Essas “pregações” vazias da essência do Evangelho só geram cristãos superficiais que não se submetem a vontade de Deus, não conseguem suportar o dia mal e a disciplina que Deus traz sobre todos que tem como filhos.
Fuja disso enquanto é tempo!
Paz!
Pr. Luciano Thomé
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2 Comentários. Deixe novo
Estou cansada de pastores que não conhecem direito o evangelho! A maioria deles não conhece a Biblia, o unico diferencial de um pastor eh saber o que diz a Sagrada Escritura.
Conheci bem as Escrituras aprendendo Hebraico.
https://bit.ly/BibliaFacil-
Texto altamente explicativo dentro da verdade de Cristo, evangelizar é confrontar o velho homem e a nova criatura que nos tornamos quando aceitamos o sacrifício da cruz no calvário por mim e por você, para termos vida em abundancia e vida eterna! ótimo texto!